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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Saiba em quais casos o Samu 192 envia ambulâncias; e como dar passagem

É o médico regulador que vai avaliar a necessidade de enviar uma ambulância ao local que se está ligando. Crédito: Daiana Pasquim


Devido a radares, Base Descentralizada de Francisco Beltrão recebeu 30 notificações de trânsito. Reunião entre Debetran, Demartran e Detran discute assunto; Assessoria Jurídica do Ciruspar fará defesa de socorristas, com base em Art. 29 do CBT

Daiana Pasquim
É senso comum. Tem alguém machucado ou com dor por motivo de trauma? Chama a ambulância. Têm-se o excesso de confiança que, ao estar em uma ambulância a pessoa está a salvo. Ocorre que o atendimento vai ocorrer de fato apenas quando o paciente estiver em contato com um profissional de saúde, seja um socorrista, um técnico em enfermagem, um enfermeiro ou o médico, aquele que tem a palavra final para os procedimentos a serem feitos com todo paciente. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) é composto por esses profissionais, por isso que o simples ato de telefonar para o Samu 192 já coloca a pessoa em contato com profissionais da área de saúde, o que se chama de “Telemedicina”, um sistema novo no próprio país, mas de que já dispõe o Sudoeste. É o médico regulador que vai avaliar a necessidade de enviar uma ambulância ao local que se está ligando, mas a estrutura permite ter resolutividade variada, não apenas mandar a ambulância resgatar a pessoa.
Cabe ao Samu 192 o atendimento de casos emergenciais, ou seja, situações onde houver risco de vida iminente: urgências clínicas agudas (parada cardiorrespiratória, dificuldade respiratória severa, convulsões); urgências traumáticas (atropelamentos, acidentes de trânsito, quedas, queimaduras graves, afogamentos, agressões por armas de fogo ou brancas, choques elétricos) e outras.  Esses são os casos onde se geralmente envia ambulância, sempre após avaliação do médico regulador sobre cada caso. O médico decide mandar a Unidade de Suporte Avançado (USA), ambulância UTI; ou a Unidade de Suporte Básico (USB).

Óbito
Casos de óbito não competem resolutividade do Samu 192, mas sim órgãos responsáveis como polícia ou IML, uma vez que as ambulâncias devem transportar pacientes vivos, fazendo o máximo possível para preservar-lhes a vida.

Multas de ambulância
A passagem para ambulâncias e o trânsito em áreas de radares, como os instalados na rodovia que corta Marmeleiro e na chegada de Francisco Beltrão, foram discutidos na manhã desta sexta-feira (14) entre a coordenação do Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgências do Sudoeste do Paraná (Ciruspar), que administra o Samu 192 Sudoeste do Paraná e os 18 condutores socorristas da Base Descentralizada de Francisco Beltrão, no mini auditório do Centro de Eventos, com a presença de representantes do Departamento de Trânsito de Marmeleiro (DemarTran), do Departamento de Trânsito de Francisco Beltrão (DebeTran) e do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR); bem como do diretor da secretaria de administração da Prefeitura de Francisco Beltrão, Vilson Wesner;
Emanuele da Vindi, do Departamento de Patrimônio; e Néia, representando a Secretaria de Saúde.
Devido à urgência de deslocamento, o Samu 192 Sudoeste já recebeu 30 notificações de infração nos radares de Beltrão e Marmeleiro. Em conversa com os órgãos de trânsito ficou decidido que as infrações são irrevogáveis, porque andar acima da velocidade permitida é infração. O que cabe é a defesa e a Assessoria Jurídica do Ciruspar está providenciando a defesa para cada condutor de que estava em ocorrência com base no Artigo 29 do Código Brasileiro de Trânsito (CBT). No inciso VII consta que “os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente”.

Como dar passagem
O mesmo inciso traz ainda que “quando os dispositivos (alarme sonoro e iluminação vermelha) estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário”.
“Os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local”.

Saída da base
O Samu 192 Sudoeste está disposto no Sudoeste em dez Bases Descentralizadas. Em cada uma delas, as equipes estão sempre em prontidão e ao ser acionados, já saem muitas vezes antes até de saber a rua exata, já vão se direcionando ao bairro, justamente para ganhar tempo. No deslocamento o radio operador passa o exato local da ocorrência. Por esse fato a pessoa que está pedindo socorro não pode desligar o telefone. Às vezes a pessoa se desespera pela ocorrência e pelas perguntas que estão sendo feitas que acaba desligando o telefone. Esse fato atrasa ainda mais, pois a ambulância pode não achar o local, ou demorar muito mais tempo.
“Sempre que possível o solicitante deve permanecer na linha para dar o máximo de dados possíveis, localização, ponto de referência, número de vitimas estimado, pois a Central pode fazer uma provisão de envio de mais ambulâncias ou até mesmo de apoio, Corpo de Bombeiros, Policia Civil, que provavelmente possa nos acompanhar”, completou a coordenadora do Ciruspar, Kelly Cristine Custódio dos Santos.
O que completa o sucesso desse atendimento é o solicitante que entrar em contato com o Samu 192 passar as informações com paciência e precisão. Tanto sobre o paciente, quanto sobre o local. Como o serviço é regional e a Central de Regulação atende aos telefonemas dos 42 municípios é necessário dizer de que município se está ligando.

Daiana Pasquim – DRT/PR 5613
Assessora de Imprensa
Samu 192 Sudoeste do Paraná
(46) 3902 1338



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