É o médico regulador que vai avaliar a necessidade de enviar uma ambulância ao local que se está ligando. Crédito: Daiana Pasquim |
Devido
a radares, Base Descentralizada de Francisco Beltrão recebeu 30 notificações de
trânsito. Reunião entre Debetran, Demartran e Detran discute assunto; Assessoria
Jurídica do Ciruspar fará defesa de socorristas, com base em Art. 29 do CBT
Daiana Pasquim
É senso comum. Tem alguém machucado
ou com dor por motivo de trauma? Chama a ambulância. Têm-se o excesso de
confiança que, ao estar em uma ambulância a pessoa está a salvo. Ocorre que o atendimento
vai ocorrer de fato apenas quando o paciente estiver em contato com um
profissional de saúde, seja um socorrista, um técnico em enfermagem, um
enfermeiro ou o médico, aquele que tem a palavra final para os procedimentos a
serem feitos com todo paciente. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu 192) é composto por esses profissionais, por isso que o simples ato de
telefonar para o Samu 192 já coloca a pessoa em contato com profissionais da
área de saúde, o que se chama de “Telemedicina”, um sistema novo no próprio
país, mas de que já dispõe o Sudoeste. É o médico regulador que vai avaliar a
necessidade de enviar uma ambulância ao local que se está ligando, mas a
estrutura permite ter resolutividade variada, não apenas mandar a ambulância
resgatar a pessoa.
Cabe ao Samu 192 o atendimento de
casos emergenciais, ou seja, situações onde houver risco de vida iminente:
urgências clínicas agudas (parada cardiorrespiratória, dificuldade respiratória
severa, convulsões); urgências traumáticas (atropelamentos, acidentes de
trânsito, quedas, queimaduras graves, afogamentos, agressões por armas de fogo
ou brancas, choques elétricos) e outras.
Esses são os casos onde se geralmente envia ambulância, sempre após
avaliação do médico regulador sobre cada caso. O médico decide mandar a Unidade
de Suporte Avançado (USA), ambulância UTI; ou a Unidade de Suporte Básico (USB).
Óbito
Casos de óbito não competem
resolutividade do Samu 192, mas sim órgãos responsáveis como polícia ou IML,
uma vez que as ambulâncias devem transportar pacientes vivos, fazendo o máximo
possível para preservar-lhes a vida.
Multas
de ambulância
A passagem para ambulâncias e o
trânsito em áreas de radares, como os instalados na rodovia que corta
Marmeleiro e na chegada de Francisco Beltrão, foram discutidos na manhã desta
sexta-feira (14) entre a coordenação do Consórcio Intermunicipal da Rede de
Urgências do Sudoeste do Paraná (Ciruspar), que administra o Samu 192 Sudoeste
do Paraná e os 18 condutores socorristas da Base Descentralizada de Francisco
Beltrão, no mini auditório do Centro de Eventos, com a presença de
representantes do Departamento de Trânsito de Marmeleiro (DemarTran), do Departamento
de Trânsito de Francisco Beltrão (DebeTran) e do Departamento de Trânsito do
Paraná (Detran/PR); bem como do diretor da secretaria de administração da Prefeitura
de Francisco Beltrão, Vilson Wesner;
Emanuele da Vindi, do
Departamento de Patrimônio; e Néia, representando a Secretaria de Saúde.
Devido à urgência de
deslocamento, o Samu 192 Sudoeste já recebeu 30 notificações de infração nos
radares de Beltrão e Marmeleiro. Em conversa com os órgãos de trânsito ficou
decidido que as infrações são irrevogáveis, porque andar acima da velocidade
permitida é infração. O que cabe é a defesa e a Assessoria Jurídica do Ciruspar
está providenciando a defesa para cada condutor de que estava em ocorrência com
base no Artigo 29 do Código Brasileiro de Trânsito (CBT). No inciso VII consta
que “os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia,
os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade
de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em
serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares
de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente”.
Como
dar passagem
O mesmo inciso traz ainda que “quando
os dispositivos (alarme sonoro e iluminação vermelha) estiverem acionados,
indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre
a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se
necessário”.
“Os pedestres, ao ouvir o alarme
sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já
tiver passado pelo local”.
Saída da base
O
Samu 192 Sudoeste está disposto no Sudoeste em dez Bases Descentralizadas. Em
cada uma delas, as equipes estão sempre em prontidão e ao ser acionados, já
saem muitas vezes antes até de saber a rua exata, já vão se direcionando ao
bairro, justamente para ganhar tempo. No deslocamento o radio operador passa o
exato local da ocorrência. Por esse fato a pessoa que está pedindo socorro não
pode desligar o telefone. Às vezes a pessoa se desespera pela ocorrência e pelas
perguntas que estão sendo feitas que acaba desligando o telefone. Esse fato
atrasa ainda mais, pois a ambulância pode não achar o local, ou demorar muito
mais tempo.
“Sempre
que possível o solicitante deve permanecer na linha para dar o máximo de dados
possíveis, localização, ponto de referência, número de vitimas estimado, pois a
Central pode fazer uma provisão de envio de mais ambulâncias ou até mesmo de
apoio, Corpo de Bombeiros, Policia Civil, que provavelmente possa nos
acompanhar”, completou a coordenadora do Ciruspar, Kelly Cristine Custódio dos
Santos.
O que completa o sucesso desse
atendimento é o solicitante que entrar em contato com o Samu 192 passar as
informações com paciência e precisão. Tanto sobre o paciente, quanto sobre o
local. Como o serviço é regional e a Central de Regulação atende aos
telefonemas dos 42 municípios é necessário dizer de que município se está
ligando.
Daiana
Pasquim – DRT/PR 5613
Assessora
de Imprensa
Samu
192 Sudoeste do Paraná
(46)
3902 1338
Nenhum comentário:
Postar um comentário