Fotos enviadas pela Base Descentralizada de Coronel Vivida |
Daiana Pasquim
Desde menino, Guilherme nunca foi de subir em árvores. Pulou essas brincadeiras peraltas pelo medo de “descer” das alturas. Aos 29 anos, agora que Guilherme Kamphorst é condutor socorrista do Samu 192 Sudoeste na Base Descentralizada de Coronel Vivida, já se viu em situações onde ultrapassou o “medo” de altura para salvar vidas e percebeu isso só quando estava em terra firme novamente. Parceiro de plantão do técnico em enfermagem Luciano Schmeing, eles viveram um marco de atendimentos na segunda-feira (10), às 12h. O operário Rubens Rodrigues dos Santos,44, foi atingido pela mangueira do caminhão bitorneira e arremessado por quase 12 metros sobre o prédio de quatro andares em construção na Avenida Generoso Marques, no centro do Coronel Vivida.
“Não sou muito amigável com altura. Na hora que chegamos lá e vi que teríamos que subir pela escada de madeira nos dividimos e eu subi com a prancha e o meu colega com a mochila. Meu problema não é subir. É descer. Fiquei apreensivo sobre como iríamos fazer, com os dois lances de madeira que aparentemente não passavam muita segurança pela estrutura do prédio em construção. Fiquei apreensivo, mas a preocupação maior era salvar a vítima. Depois que a gente terminou o atendimento e que cheguei na base é que me caiu a ficha sobre o que tínhamos passado para fazer o resgate dessa vítima. Contamos com a colaboração dos demais operários. A gente fez uma corrente. Eu e o Luciano ficamos na laje e passamos para os dois no andaime de madeira e esses o passaram para os outros dois no piso em baixo. Ele era pequeno e leviano, por isso não foi tão difícil de carregar. Estava consciente, mas nervoso”, narra Guilherme.
Quem viu o acidente disse que Rubens até teve sorte, pois se a mangueira o tivesse lançado um pouco mais para o lado cairia numa pilha de tijolos. Ou um metro mais longe, cairia para fora do prédio. Após a imobilização e avaliação dos sinais vitais, os socorristas do Samu 192 o levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“É muito bom e gratificante este trabalho. Dou aula teórica na autoescola e se me pedissem há dois anos se eu queria trabalhar como socorrista iria dizer que não. Tive que superar o medo para fazer o atendimento. Ao vermos alguém machucado com uma fratura, bastante sangramento, temos dificuldade em lidar. Demorou para me habituar com essa situação. Agora estou apaixonado pela profissão”, finalizou Guilherme.
Daiana Pasquim – DRT/PR 5613
Assessora de Imprensa
Samu 192 Sudoeste do Paraná
(46) 3902 1338
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