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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Coronel Vivida: condutor supera medo de altura e salva uma vida

Fotos enviadas pela Base Descentralizada de Coronel Vivida



 Daiana Pasquim
Desde menino, Guilherme nunca foi de subir em árvores. Pulou essas brincadeiras peraltas pelo medo de “descer” das alturas. Aos 29 anos, agora que Guilherme Kamphorst é condutor socorrista do Samu 192 Sudoeste na Base Descentralizada de Coronel Vivida, já se viu em situações onde ultrapassou o “medo” de altura para salvar vidas e percebeu isso só quando estava em terra firme novamente. Parceiro de plantão do técnico em enfermagem Luciano Schmeing, eles viveram um marco de atendimentos na segunda-feira (10), às 12h. O operário Rubens Rodrigues dos Santos,44, foi atingido pela mangueira do caminhão bitorneira e arremessado por quase 12 metros sobre o prédio de quatro andares em construção na Avenida Generoso Marques, no centro do Coronel Vivida.
“Não sou muito amigável com altura. Na hora que chegamos lá e vi que teríamos que subir pela escada de madeira nos dividimos e eu subi com a prancha e o meu colega com a mochila. Meu problema não é subir. É descer. Fiquei apreensivo sobre como iríamos fazer, com os dois lances de madeira que aparentemente não passavam muita segurança pela estrutura do prédio em construção. Fiquei apreensivo, mas a preocupação maior era salvar a vítima. Depois que a gente terminou o atendimento e que cheguei na base é que me caiu a ficha sobre o que tínhamos passado para fazer o resgate dessa vítima. Contamos com a colaboração dos demais operários. A gente fez uma corrente. Eu e o Luciano ficamos na laje e passamos para os dois no andaime de madeira e esses o passaram para os outros dois no piso em baixo. Ele era pequeno e leviano, por isso não foi tão difícil de carregar. Estava consciente, mas nervoso”, narra Guilherme.
Quem viu o acidente disse que Rubens até teve sorte, pois se a mangueira o tivesse lançado um pouco mais para o lado cairia numa pilha de tijolos. Ou um metro mais longe, cairia para fora do prédio. Após a imobilização e avaliação dos sinais vitais, os socorristas do Samu 192 o levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“É muito bom e gratificante este trabalho. Dou aula teórica na autoescola e se me pedissem há dois anos se eu queria trabalhar como socorrista iria dizer que não. Tive que superar o medo para fazer o atendimento. Ao vermos alguém machucado com uma fratura, bastante sangramento, temos dificuldade em lidar. Demorou para me habituar com essa situação. Agora estou apaixonado pela profissão”, finalizou Guilherme.

Daiana Pasquim – DRT/PR 5613
Assessora de Imprensa
Samu 192 Sudoeste do Paraná
(46) 3902 1338







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