Um auxiliando o outro: no Samu 192, enfermeiros, técnicos em enfermagem, condutores socorristas e médicos trabalham todos juntos |
Dos
305 colaboradores, Samu 192 conta com 212 profissionais entre enfermeiros,
técnicos em enfermagem e condutores socorristas
Enfermeiros e enfermeiras são aqueles que estão sempre prontos e próximos para ajudar. Pela técnica e predisposição ao outro, os auxiliares, técnicos e enfermeiros são sempre os primeiros a chegar até as vítimas e pacientes. Neste final de semana, 12 de maio, passou o marco de se comemorar mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a Florence Nightingale, um marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820. Já no Brasil, além do Dia do Enfermeiro, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, data instituída em meados dos anos 40, em homenagem a dois grandes personagens da Enfermagem no mundo: Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.
Enfermeiros e enfermeiras são aqueles que estão sempre prontos e próximos para ajudar. Pela técnica e predisposição ao outro, os auxiliares, técnicos e enfermeiros são sempre os primeiros a chegar até as vítimas e pacientes. Neste final de semana, 12 de maio, passou o marco de se comemorar mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a Florence Nightingale, um marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820. Já no Brasil, além do Dia do Enfermeiro, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, data instituída em meados dos anos 40, em homenagem a dois grandes personagens da Enfermagem no mundo: Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.
O Samu 192 Sudoeste tem 24
enfermeiros, 72 técnicos em enfermagem socorristas e mais 20 técnicos
auxiliares de regulação médica (Tarms) que atendem aos chamados feitos pelo 192.
Somando-se a eles os 96 condutores socorristas, chegam a 212 profissionais na
área, o que significa 69% do total de 305 colabores do Ciruspar – Samu.
ENQUETE
Confira depoimentos de
profissionais da área
“Sou formado há sete anos e participo desde o
princípio do Samu, ainda quando não tinha as bases, médicos e depois começaram
a fazer plantão e treinamentos. Hoje é uma conquista para todo mundo, em
especial para quem viu o início e o trabalho concretizado agora, desde os
primeiros atendimentos. A melhor coisa que podemos ressaltar é a satisfação em
podermos atender. O mais importante é saber avaliar e fazer daquele agravo ou
situação, fazer o máximo para o paciente. Isso se consegue pela sistematização
e humanização do atendimento. É diferente atender um paciente dentro do
hospital e outro na rua, como um acidentado e caso clínico. Pegar a vítima na
hora que aconteceu o acidente ou que ela desmaiou é diferente do que receber
direto no hospital. A humanização, por mais que a cena seja muito mais forte no
acidente do que quando chegou para você.
Maico Trevisol, enfermeiro
coordenador da Base de Francisco Beltrão
“Há dois anos, sou enfermeira.
Trabalhei em pronto atendimento em Francisco Beltrão antes de entrar para a
equipe do Samu 192 Sudoeste. Para m0im está sendo uma superconquista, uma vez
que já pretendia trabalhar na área de urgência e emergência. A cada dia que se
passa me sinto mais realizada, pois trabalho numa área que me identifico e
almejei durante a graduação. Além da conquista pessoal o trabalho tem sido
muito gratificante, a equipe é legal e compreensiva e tem dado tudo certo. O
trabalho é diferencial, porque não tem uma sistematização. No pronto
atendimento tem o local correto, os pacientes chegam e tem tudo certinho para
fazer, você quase não lida com situações diferentes. Aqui no Samu não temos
como nos programar, situações imprevistas, alterações no quadro clínico do
paciente a todo momento, deve-se haver uma percepção diferente. Não há como adivinhar
a cena e esperar a coisa certa a acontecer. Esse desafio é o que motiva, as
situações inesperadas”.
Mariana da Rosa, enfermeira da Base
Descentralizada de Realeza
“Eu já trabalhava nessa área aqui
em Realeza. Trabalhei por três anos com a ambulância no transporte de pacientes
e dois anos na Defesa Civil de Realeza fazendo atendimentos. Tem um tempinho de
experiência na pratica. Antes de entrar no Samu já era formado socorrista de
emergência, onde é lei fazer as 268 horas/aula de estudos e treinamento,
incluindo estágios. Fiz Estágio na Rodovia das Cataratas de Cascavel. É muito
bom trabalhar no Samu. As pessoas são muito boas de convivência, é show de bola
mesmo. Faço meu plantão, no máximo cubro alguém e vou para casa descansar. Tenho
tempo para minha família e pessoas do meu convívio. A nossa responsabilidade se
restringe ao que o médico regulador peça que a gente faça. A gente sabe e pode
fazer, desde que o médico fale. Não temos autorização exata para fazer
determinados procedimentos invasivos. Mesmo pra gente que tem experiências você
encara de outra forma. Sem receio de que algo de errado aconteça, mas da forma
mais pratica possível, sem deixar a emoção tomar conta da situação. Tem que
aprender a corrigir com o tempo e é o que a gente tem feito. A minha
companheira e os médicos no geral tem sido muito úteis pra gente. Eu não tinha
trabalhado com médicos, o que na Defesa Civil era esporádico. É uma experiência
bem interessante e gratificante para o nosso trabalho”.
Elton Costa de Linhares, 32, condutor
socorrista da Base Descentralizada de Realeza
Nos
grandes centros as dificuldades de trabalho são as mesmas
Profissional da área de
enfermagem desde 2001, primeiro como técnico e depois como enfermeiro formado,
o coordenador de enfermagem do Samu 192 Sudoeste do Paraná, Gerson Luiz
Leonarski tem a trajetória de grandes centros, uma vez que nasceu em Sulina,
morou em São Paulo e agora voltou ao Sudoeste, onde diariamente salva muitas
vidas.
“Nesta minha andança atuei em
vários locais, várias cidades e em dois Estados, levando em consideração o
grande numero de população como São Paulo, a gente nota que as dificuldades - de
atendimentos às vítimas e a questão até mesmo intra-hospitalar - são as mesmas.
Aquilo que referimos com as faltas de condições de o profissional realizar um
atendimento. Tanto lá quanto aqui, se trabalha sobrecarregado, principalmente
dentro dos hospitais. Do profissional é exigido mais que deveria, semiintensiva
e intensivamente. Deveria ser limitado a um numero X de pacientes, com capacitação
e estímulo a esses profissionais que atuam nessas áreas. Um dos pontos
fundamentais é a questão salarial, que no Sudoeste, para a área, é muito baixa.
O enfermeiro estuda hoje cinco anos para ganhar mil reais por mês. Como ter um
profissional motivado em cima dessa questão? A outra é a condição física e estrutural
para o profissional trabalhar. Soma excesso de pacientes a local insalubre e
salário baixo.
No Samu 192 falo que é diferente.
O profissional que está inserido no pré-hospitalar tem que gostar e entender a
diferença do intra e do pré-hospitalar. Aqui ele tem que fazer a diferença e
tomar atitude. Essa diferença primordial é a atitude. O enfermeiro, o técnico,
o condutor, chegam diante das situações e tomam atitudes em cima do
conhecimento científico. Soma-se a isso o clima, tempo, chuva, sol. É uma área
onde você ou ama, ou odeia. Resume-se nessas duas frases. Vai se dedicar mais,
trabalhar em equipe ou pede para sair. O bom de tudo é que as pessoas têm que
ser humildes, tanto o médico quando o enfermeiro. Somos uma equipe e todos vão
somar para um todo que é o paciente, a vítima.
Também conseguimos fazer a
diferença na humanização, que tanto se preza nos hospitais. Aqui, por mais que
nos deparemos com tragédias, o bom senso e a humanização são feitos desde os gestos
simples, com a básica apresentação individual, que é algo onde se ganha o
paciente. Na emergência, explicar procedimentos é algo extremamente
significativo. Talvez em outras ocasiões ele jamais teve isso. É preciso deixar
o paciente ciente, pois com certeza se ele souber o que vai ser feito coopera
mais, se acalma, diminui o processo adrenérgico e faz assim, faz uma melhor
troca gasosa e todo o sistema fisiológico dele melhora, simplesmente por estar
calmo durante o atendimento. O leigo vê o sangue em determinado membro e pensa:
vou morrer. Tem peso essa roupa de nosso uniforme e você como profissional se
apresenta e demonstra segurança, o que é tudo.
Por tudo isso, faço um agradecimento
geral pelo extremo empenho dos profissionais do Ciruspar que tanto se empenharam
para colocar em funcionamento o Samu e aos meus colegas profissionais de
enfermagem, agradecemos pela dedicação nos salvamentos nas ambulâncias e na
Central de Regulação. Quem ama e sabe que tem o dom para o pré-hospitalar está
hoje muito satisfeito.
Gerson Luiz Leonarski, enfermeiro
coordenador do Samu 192 Sudoeste
Daiana
Pasquim – DRT/PR 5613
Assessoria
de Comunicação
Samu 192
Sudoeste do Paraná
(46) 3225
2731
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