André Ribeiro Morrone tem duas
formações profissionais: Medicina (1991) e Direito (2003), na USP. Natural de
Santos, veio para o Sudoeste do Paraná em 2010
O médico
cirurgião geral e cirurgião pediátrico do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu 192) do Sudoeste do Paraná, André Ribeiro Morrone colaborou,
durante o ano de 2011 e 2012, com a revisão da Lei Seca (Lei nº 12.760, de 20
de dezembro de 2012, que altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 –
Código de Trânsito Brasileiro).
Sua
participação foi atestada pela Secretaria de Assuntos Legislativos do
Ministério da Justiça, como uma contribuição ao aprimoramento da legislação
vigente. “(Morrone) atuou por meio da prestação de apoio técnico ao trabalho
desta Secretaria, como parecerista voluntário, sem vínculo, nas discussões e
debates (...) O apoio técnico prestado por André Ribeiro Morrone, especialmente
na padronização dos termos técnicos e médicos na discussão do Projeto de Lei,
foi de grande utilidade para esta Secretaria, configurando instrumento
relevante na coesão dos saberes médico para aperfeiçoamento da legislação
nacional”.
Morrone tem
duas formações profissionais. Em Medicina (1991 na Faculdade de Medicina da
USP) e em Direito (2003 na Faculdade de Direito da USP). Natural de Santos,
litoral de São Paulo, veio para o Sudoeste do Paraná em 2010. Mas antes,
trabalhou por 13 anos na Polícia Científica paulista, como médico legista e
conta que o pedido de colaboração veio do tempo e das pessoas que já conheciam
seu trabalho. “Fui contactado por um dos assessores do ministro da justiça, um
defensor público que trabalhava em São Paulo e nos conhecíamos do Fórum. Sempre
fiz essa parte de assessoria em Medicina Legal para os operadores do Direito. Discutíamos
medicina legal, os laudos e etc. Eles precisavam de orientação mais técnica e
eu os auxiliava”, contou.
As
discussões se deram em parte via telefone, chat e e-mails e seu papel foi
traduzir para a linguagem jurídica o que é da linguagem técnica médica e
vice-versa. “A colaboração foi mínima comparado ao que eles fizeram lá, mas foi
uma contribuição para ter uma lei o mais técnica possível, para que possa ser
adequadamente aplicada pelos operadores do direito e reduzir as mortes
evitáveis no trânsito”, relativizou.
Mudanças
A nova lei
seca mudou principalmente os meios de prova para embriaguez ao volante.
Abriram-se novas possibilidades: dosagem no sangue, etilômetro, exame clínico
de embriaguez feito pelo perito, exame clínico feito pelo médico no pronto
atendimento, ou a prova documental (fotos, filmagens, etc) ou com o próprio
testemunho do policial, que recebe capacitação para identificar os sinais de
embriaguez, como o andar oscilante (marcha briosa). A proposta é que melhorando
a lei e a fiscalização pode-se reduzir a mortalidade no trânsito.
Avaliando a
revisão da lei, Morrone nota ser sempre um paliativo. “O ideal seria que todo
cidadão tivesse consciência: se bebeu não dirija. É um jeito de tentar corrigir
a falta de consciência de algumas pessoas que põem em risco a vida dele, de
quem está com ele no carro e de quem está na rua. A última forma de reprimir
isso é pela lei. O ideal seria que cada um tivesse sua auto regulação do ponto
de vista de consciência social e de cidadania e que não se colocasse em risco e
nem as pessoas ao redor”.
Acidentes de trânsito
Como médico
intervencionista e regulador do Samu 192 Sudoeste do Paraná, socorre a inúmeros
acidentes e menciona que para preservar a vida uma série de detalhes devem ser
obedecidos. No caso dos acidentes de trânsito existe um trinômio: máquina,
homem e estrada; ou seja, não adianta ter uma estrada boa e um motorista ruim,
ou o oposto.
“O que se vê
no trânsito, juntando tudo, é que para reduzir as mortes no trânsito e o número
de sequelas graves deve-se investir na prevenção, o melhor e primeiro ato é a
educação. Somado a isso, vem as estradas boas e engenharia de trânsito. Às
vezes não é culpa dele, a estrada que é ruim e mal sinalizada, mas a gente vê
nesse tempo de atuação, que em boa parte dos acidentes, se o homem tivesse
cautela de não correr e não beber, evitaria muita coisa pela frente”, alertou.
Primeiros socorros
Os primeiros
socorros prestados pelo Samu 192 são padronizados por protocolos internacionais
e referendados pelo Ministério da Saúde e Sociedades Brasileiras de Medicina. “Nós
fazemos um atendimento sistematizado dessas vítimas de acidente e com isso
melhoramos o prognóstico desse paciente. Alguns doentes que não tinham acesso a
um atendimento completo em nível pré-hospitalar agora têm. Os presos em
ferragens que podem ficar por um longo tempo para serem retirados pelos
bombeiros, já no local começam a receber atendimento médico, como oxigênio,
analgesia, expansão com soro para melhorar a pressão e algumas manobras que
salvam a vida do doente encarcerado no veículo. Isso não existia antes. São
alguns recursos de ambiente intra hospitalar que agora a gente já usa na
estrada. Antes do SAMU, esses pacientes só recebiam esse atendimento quando
chegasse no hospital. O prognóstico do doente pioraria muito sem esse
atendimento. Quanto P pior o prognóstico, mais chances tem de
morrer ou de ter sequelas graves irreversíveis. Uma hora e meia sangrando é
diferente de 15 minutos sangrando. A rapidez de tratamento e a agilidade de
atendimento muda prognóstico”, finalizou.
Daiana Pasquim – DRT/PR
5613
Assessoria de Imprensa
Samu 192 Sudoeste do
Paraná
(46) 3225 2731 -
8802 5546
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