Condutor Renan e técnica em enfermagem Catarina cortaram cordão umbilical do pequeno Igor |
O dia 9 de
maio recém começava clarear na Chácara Kiguai, com a maior geada já registrada
em Palmas branqueando tudo lá fora, quando a dona de casa Patrícia Dorneles
Pimentel, 21, começou a sentir as contrações que anunciavam o nascimento de seu
segundo filho. Enquanto o marido preparava o carro buscando a locomoção para o
hospital, Patrícia, mesmo com dores, ligou para o 192. Era muito frio, o carro
a álcool não pegava. Enquanto isso, o operador de máquinas agrícolas José
Antônio Dorneles, tentava também funcionar o caminhão para socorrer a esposa.
Nesse meio e tempo, sentada no banco da frente, ela se virou e sentir algo
cair. Era o bebê.
“As duas
contrações mais fortes que tive, fui me mexer já não deu tempo. Eu estava de
ladinho no assento no carro e ele caiu “de bundinha”, me deu um susto, nem
pensei que fosse o bebê. Quando saiu ele chorou, aí vi que era ele, a bolsa já
tinha rompido, só podia ser o bebê. Daí meu marido veio por lá e pegou nosso
filho, que estava ainda enroscado na placenta, meio grudado comigo. O José
ficou com ele no colo enrolado no cobertor, nisso o Samu chegou. Eu coberta com
um cobertor e um bebê enrolado em outro”, narra Patrícia, repetindo a história
que contou tantas vezes no hospital Santa Felicidade.
O caso foi
atendido pela técnica em enfermagem Catarina Aguiar dos Santos e o condutor
socorrista Renan Gustavo Marques Xkelow, do Samu 192, Base Descentralizada de
Palmas.
“Eu estava
pegando plantão às 6h55 da manhã. Eles ligaram, atendemos e saímos correndo o
condutor e eu. Chegamos lá o bebe já tinha nascido. A gente prestou os primeiros
socorros para a mãe, cortamos o cordão umbilical, deitamos na maca e levamos
para o hospital. Nasceu em casa, dentro do carro da família”, recorda-se a
técnica em enfermagem. O Volksvagem Parati “sala de parto do bebê” já foi
vendido.
Este é o segundo
filho do casal, que tem Victor Daniel Dorneles, de três anos. O bebê Igor
Gabriel Dorneles nasceu às 7h do dia 9 de maio, com 2.900 kg. Dezesseis dias
depois, no final da manhã desta sexta-feira (24) quando a equipe passou
novamente pela propriedade, já pesava 3.200kg, mamando no peito da mãe
Patrícia.
“A sensação
não é muito agradável, porque estava nascendo dentro do carro, tive medo de
acontecer alguma coisa, mas é uma experiência nova, difícil até de explicar. Um
misto de sensação de medo e alegria por estar acontecendo aquilo, de ver o
nascimento de meu próprio filho”, completou José, acrescentando que “pelo fato
de o Samu ter chegado rápido a gente fica satisfeito, da uma sensação a mais de
segurança em saber que tem um órgão competente que na hora que a gente precisa
está ali e mesmo pelo fato de a chácara ser um pouco mais longe, impressiona a
rapidez com que chegaram. O pessoal atendeu muito bem. A moça e o rapaz foram
muito legais”, disse o pai.
Daiana Pasquim – DRT/PR 5613
Assessora de Imprensa
Samu 192 Sudoeste do Paraná
(46) 3225 2731 - 8802 5546
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