Até esta sexta-feira (31), passará de 14.000 chamadas feitas ao 192 e quase 9 mil atendimentos feitos à população
dos 42 municípios do Sudoeste
Para quem trabalha no Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) Sudoeste do Paraná dá uma sensação de
que as contas não estão certas, pois a impressão que se tem é de ser por muito
mais tempo, já que é uma centena ininterrupta de dias: Samu 192 atende 24 horas
por dia e sete dias por semana.
A trajetória que culmina nestes
100 dias é sustentada por quatro anos de organização e de cumprimento de burocracias
e leis. Passou pela fase do convencimento, inclusive dos municípios, para a
criação do Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgências do Sudoeste do Paraná
(Ciruspar), que administra toda a estrutura do Samu 192. Veio o concurso
público e os demais testes seletivos, a estruturação das bases, o treinamento
das equipes e a preparação de todo o material que dá suporte ao salvamento. O
Samu 192 Sudoeste está disposto em dez bases Descentralizadas e mais a Central
de Regulação, que atende a todos os chamados feitos para o 192, de todo o território
sudoestino.
“Esperamos que o Samu seja o
grande alavancar do Sudoeste para ajudar na melhoria da saúde. Agradecemos o
empenho do pessoal que trabalha conosco. Problemas sempre têm e estamos
tentando corrigir”, destacou o presidente do Ciruspar, Luiz Fernando Bandeira.
A qualquer tempo
A
coordenadora do Ciruspar, Kelly Cristine Custódio dos Santos salientou que “são
inúmeros os desafios que encontramos nesta primeira fase onde estamos adaptando
as diretrizes de um novo serviço à realidade local. Mas o Samu 192 Sudoeste do
Paraná vem ganhando o reconhecimento da população a cada atendimento realizado.
E isso é muito gratificante para todos que trabalham nesta equipe, desde a sede
do Ciruspar, a Central de Regulação Médica de Urgências e as equipes que estão diariamente
nas 16 ambulâncias espalhadas no Sudoeste. Faça chuva, sol, frio, escuridão,
todos estão sempre prontos para salvar vidas”.
O coordenador médico do Samu 192
Sudoeste, Gilmar Alberto Abegg lembrou o serviço ainda está em busca de mais profissionais
de medicina para completar o quadro, contudo salienta que “muitas vidas foram
salvas. Tivemos problemas e óbitos, mas no geral o Samu está fazendo grande
diferença na saúde da população”, pontuou.
8.545
atendimentos
Cerca de 85% dos atendimentos são
feitos pela ambulância de suporte básico. Foram, de 21 de fevereiro a 29 de
maio, 13.910 chamadas, gerando 8.545 atendimentos. Somam-se a isso 13% de trotes,
ao todo 1.832 ligações; mais 1.487 informações e 298 orientações médicas.
“O número de atendimentos é
expressivo, bem como as ocorrências de acidentes de trânsito e as solicitações de
transporte interhospitalar. Vemos que na abrangência da 7ª Regional de Saúde de
Pato Branco temos mais casos clínicos, enquanto que na região de Francisco Beltrão,
há maior ocorrência de acidentes. Pelo que temos visto estamos dando resolução a
muitos problemas que antes ficavam sem atendimento. O Samu 192 veio para melhorar
a saúde da população”, enfatizou Abegg.
Para ilustrar essa labuta de 100
dias, condutores socorristas, técnicos em enfermagem, enfermeiros e auxiliares
administrativos, contam através de enquete, o que mudou em sua vida trabalhando
no Samu 192.
TIPOS DE OCORRÊNCIAS E LIGAÇÕES EM 100 DIAS DE SAMU
Descrição Quantidade
de chamadas Percentual
Atendimentos 8.545 61%
Trote 1.832 13%
Informações 1.487 11%
Desistência 725 5%
Queda
de Ligação 609 4%
Orientação
Médica 298 2%
Engano 204 1%
Transferência 82 1%
Total
de chamadas 13.910 100%
Fonte: Central de Regulação. Período de
21/02/2013 a 29/05/2013
ENQUETE COM EQUIPES DAS BASES
Palmas
“Mudou minha vida por ser uma experiência
nova. Já trabalhei em hospital, mas o este é o meu primeiro emprego diretamente
com urgência e emergência, que foi o que sempre sonhei, desde a faculdade. É
excelente e mudou bastante minha vida. Somada a experiência profissional os cursos
que já ministrava dá uma moral a mais para tratar com alunos e pessoas. Uma coisinha
que se aprende de diferente a cada dia acrescenta um monte”.
Jacir
Koncikovski, condutor socorrista na Base Descentralizada de Palmas
Dois
Vizinhos
“Para ser sincero, para mim é a
realização de um sonho. É o que eu gosto de fazer. Era técnico de sistemas de
alarme e CSTV. Fiz o concurso do Samu e antes disso ainda eu já estava fazendo
um curso de bombeiro civil nesta área e deu certo. O mais legal da minha
profissão é saber o que fazer e poder ajudar”.
Vagner
José Chaves, Condutor socorrista na Base Desentralizada de Dois Vizinhos
Chopinzinho
“Está sendo ótimo. Sempre fui
secretária em escritório de contabilidade e está sendo bem diferente. Algumas rotinas
não as mesmas na questão burocrática de folha e hora extra, mas estar com a
equipe todos os dias exige jogo de cintura, pois a cada dia é com pessoas diferentes,
o que exige se adaptar, pois são equipes que têm hábitos diferentes. No momento
em que eles saem coma sirene ligada a gente fica com o coração na mão”.
Aline
Belli, auxiliar administrativa da Base Descentraliza de Chopinzinho
Clevelândia
Sou técnica de enfermagem há 5
anos e está sendo uma coisa nova, pois todo dia tem uma coisa diferente, é bastante
novidade. Aos poucos, vamos pegando jeito porque é muito novo para todo mundo. Eu
trabalhava no pronto atendimento do posto de saúde. O atendimento é o mesmo, mas
lá o médico e o enfermeiro estão no plantão e a gente fazia mais o que eles
orientavam. Agora a gente tem que avaliar o paciente e passar os detalhes para
o médico regulador. Muda um pouco porque a responsabilidade é maior”.
Jane
Aparecida dos Santos, Técnica em enfermagem na Base Descentralizada de
Clevelândia.
Coronel
Vivida
“É um trabalho
bem gratificante de ser realizado. A gente ainda está no começo e fez um número
considerável de atendimentos. Vemos nos olhar das pessoas o agradecimento que
tem quando a gente consegue fazer um trabalho que dá resultado. A população
está bem agradecida nesse sentido. Antes eu era instrutor de autoescola e hoje
concilio as duas funções, onde trabalho em Chopinzinho nos dois dias de folga. A
noite, sou acadêmico do curso de História da Unicentro”.
Guiherme Kamphorst, condutor socorrista
na Base de Coronel Vivida
Francisco Beltrão
“São 100
dias de conquista para todo mundo. Teve muitos tropeços no início, sofremos críticas
nas ruas nos primeiros dias, pois é um serviço novo e tudo que é novo causa impacto.
Por isso, parabenizamos o empenho de todo o conjunto do Samu que trabalhou para
que o serviço fosse concretizado, salientando o esforço, dedicação e empenho de
todos. Estamos nos aperfeiçoando a cada dia mais e tendo melhor aceitação. Os serviços
estão sendo divulgados para a população e as pessoas estão entendendo o
objetivo do Samu. Com o tempo, vamos chegar a um serviço de excelência. Já
temos visitas de pessoas na base, vindo agradecer. E quando chegamos nas casas
e na rua, recebemos muito obrigado. Essa é a satisfação de poder ajudar”.
Maico Trevisol, enfermeiro
coordenador da Base de Francisco Beltrão
Santo Antônio do Sudoeste
“Estou
gostando de trabalho aqui. A gente tem uma sensação muito gratificante por
estar ajudando os outros, por mais que eu trabalhe na área administrativa,
estamos atrelado ao pessoal do resgate para que eles façam a função deles da melhor
forma possível.
Luiz Gustavo Bressan, Auxiliar administrativo
na Base de Santo Antônio
Mangueirinha
“Para mim, que
tenho 15 anos de enfermagem e trabalho no hospital desde sempre, vejo que o Samu
é muito diferente. Urgência e emergência é muito melhor. Em 15 anos tinha
coisas que eu nunca tinha pego ou visto, porque quando chegava para nós o
paciente já estava estável. E assim a adrenalina é muito maior. Gostei muito. É
dez o atendimento de urgência e emergência”.
Paulina Adriana Costa e Silva, técnica
em enfermagem na Base de Mangueirinha
Realeza
“Está sendo
uma experiência única. Desde a minha formação meu sonho era trabalhar com urgência
e emergência. É a realização de um sonho, me formei em 2006 na Universidade Paranaense
e trabalhei por seis anos em unidade de saúde, em Capanema, onde moro. Agora estou
só no Samu por enquanto e adorando. É muito grande a responsabilidade. Uma experiência
nova e gratificante, mas lidamos com diversas formações, desde o condutor até o
médico, e todo o pessoal é muito motivado. Na balança, temos saldo mais
positivo que negativo na base de Realeza.
Cristiane Pinheiro Fúcolo Zuliani,
enfermeira coordenadora da Base de Realeza
Daiana
Pasquim – DRT/PR 5613
Assessora
de Imprensa Samu 192 Sudoeste do Paraná
(46)
3902 1338 – 8802 5546