Uma explanação sobre a atuação do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu) 192 Sudoeste na manhã desta sexta-feira (5) provocou um bom
debate na Câmara Municipal de Francisco Beltrão. O Samu 192 foi a convite dos
vereadores, por iniciativa do legislador Cléber Fontana. Na ocasião, a
coordenadora do Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgências do Sudoeste do
Paraná (Ciruspar), Kelly Cristine Custódio dos Santos apresentou toda a
estrutura da Rede de Urgências na qual o órgão está inserido, bem como o
funcionamento dos atendimentos e do consórcio que gere o serviço. 
Do Samu 192 Sudoeste estavam presentes ainda o coordenador médico
Gilmar Alberto Abegg, o gerente administrativo do Ciruspar Fernando Gugik e a
assessora Jurídica Daniela Hartmann. Entre as lideranças, destaque para o
comandante do Corpo de Bombeiros de Francisco Beltrão, Major Kapp, para a
diretora da 8ª Regional de Saúde, Cintia Jaqueline Ramos, para o deputado estadual
Nelson Luersen e para o ex-prefeito Vilmar Reichembach. Compareceram nove, dos
dez vereadores beltronenses.
Para além da
fala esclarecedora da coordenadora do Ciruspar, o que referendou o trabalho
integrado e multiplicador em salvar vidas foi a participação espontânea das
lideranças em reiterar a importância da atuação do Samu. Em especial, a do
major Kapp, que disse ter ouvido na cidade que o tempo que o bombeiro levava
para chegar até as ocorrências era menor, mas contrapôs que “há um ano atrás eu
era criticado por não atender os casos clínicos, e isso é o que o Samu faz”, e
acrescentou que “o que tínhamos no Sudoeste nos 27 municípios antes era: tem
uma pessoa machucada. A gente tocava o alarme, entrava na ambulância e ia.
Transferíamos mais rapidamente o problema da rua para porta do são Francisco ou outro hospital.
Agora não. Temos alguém distribuindo essa carga de uma maneira técnica,
garantindo que a vítima que mais precisa, vá para o hospital certo. Isso vai
salvar mais que essas 700 vidas, atender a todas essas outras que nem chegava
ao 193, a pessoa nem ligava e não tinha essa opção. Falo em nome do capitão
Dornelas de Pato Branco também, onde antes mesmo de implantar fizemos simulados
com o Samu”.
Major Kapp reconhece que houve uma redução nas ocorrências ao Corpo
de Bombeiros, que antes atendia de 12 a 16 ocorrências por dia na região dos 27
municípios, e agora são de cinco a oito em média. Mas, em contrapartida, afirmou
que todos ganham com o trabalho integrado entre Bombeiros e Samu. “Tivemos duas
ocorrências grandes no feriado de Páscoa com a atuação integrada Siate e Samu. O
acidente com o caminhão de porcos na ponte e a colisão frontal próxima a Itapejara.
Graças ao médico do Samu presente conosco naquela ocorrência, a pessoa recebeu
um acesso em vias aéreas permanente e foi medicada e atendida ainda embaixo da
carreta. Resgatamos com vida e ele teve uma sobrevida um pouco maior. Tivemos dificuldade
antes de o Samu entrar com relação à rede hospitalar e fazíamos toda uma ação
para conseguir colocar a vítima lá. Agora distribuímos um pouco o esforço e
hoje temos a tranquilidade de uma regulação medica em hierarquização que vai
atender com muito mais qualidade, talvez num tempo maior, mas levando o
paciente certo para o lugar certo”, atestou.
A coordenadora do Ciruspar, Kelly Cristine dos Santos finalizou
agradecendo a importante oportunidade de esclarecimento sobre como funciona o
Samu 192, que trabalha em parceria com o corpo de bombeiros. “Em momento algum
os trabalhos competem entre si, mas sim se integram nessa missão de salvar
vidas”.
O vereador Cléder Fontana, proponente da entrevista ao Samu
avaliou como um passo importante essa abertura de portas entre o Samu 192 e a
casa de leis, uma vez que os vereadores são a voz da população e precisam
contribuir para facilitar cada vez mais o acesso de todos à rede de urgência e
emergência.
Daiana
Pasquim – DRT/PR 5613
Assessora
de Imprensa
Samu 192
Sudoeste do Paraná
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