Foto ilustração |
Cynthia,
22, veio de Blumenau (SC) para visitar a mãe em Capanema quando entrou em
trabalho de parto. Grande equipe de saúde e samuzeiros marcaram sua história
Valentina
e Victor recém nasceram e são protagonistas de um enredo impressionante, que
inclui sair do invólucro placentário para viajar quase 140km em ambulância UTI.
Os gêmeos estavam crescendo no aconchego da barriga da mãe Cynthia Alves dos
Santos, 22, quando ela e o marido Rogério Brum saíram de viagem de Blumenau
(SC) com destino a Foz do Iguaçu e Capanema. A família chegou ao Sudoeste na tarde
desta segunda-feira (22). Na casa de sua mãe, às 2h daquela madrugada, Cynthia,
que trazia um pré-natal tranquilo e viajou com autorização de seu médico,
começou a sentir dores. “Eu sentia uma cólica menor que a menstrual e não dei
bola”, contou. Mas às 11h da manhã de terça foram até o Hospital Sudoeste Ltda,
quando o médico de plantão encaminhou ao especialista e este constatou que os
gêmeos estavam a caminho, indicados pelos seis centímetros de dilatação, na
gestação de 30 semanas, correspondente a sete meses e meio.
Os
gêmeos prematuros nasceram de cesárea às 13h30, mas ambos precisavam de Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, daí o Samu 192 foi acionado e a Central de
Regulação deu ordem de deslocamento para duas Unidades de Suporte Avançado (USA)
com destino a Capanema. A Base Descentralizada de Realeza enviou uma ambulância
UTI e a Base de Francisco Beltrão enviou a outra. A partir de dados da Central
de Regulação do Samu 192, temos que os envios das equipes se deu às 14h38
(Beltrão) e as 14h40 (Realeza).
Duas
ambulâncias
Valentina
nasceu com 1.320kg e Victor com 1.370 kg. Fazer a transferências dos bebês de
Capanema para o Hospital São Francisco, em Francisco Beltrão, com todo o
respaldo das ambulâncias UTI, que trabalham com um médico, um enfermeiro e um
condutor socorrista, foi fundamental para assegurar a vida e o pleno
desenvolvimento dos bebês.
Os
bebês nasceram pelas mãos do médico ginecologista e obstetra Vlademir Antonio
Zuliane, que atendeu no Hospital Sudoeste Ltda, mas também é médico do Samu 192
na Base de Realeza e do médico pediatra Mauro Magalhães Vidal. “Sabemos que o
melhor lugar para transportar bebês que necessitam de cuidados
intensivos/especiais seria no ventre de sua mãe, porém também sabemos e estamos
sempre preparados para o fato de que em algumas vezes, e que não são poucas,
teremos que realizar o procedimento no nosso hospital, seja ele parto
normal/cesáreo de urgência e acompanhamento do RN, seja ele estável e /ou
prematuro; que neste caso gemelares e com 30 semanas de gestação. Preparamos as
nossas condições de incubadora e berço aquecido, assim como estávamos
preparados para qualquer necessidade de reanimação cardiopulmonar. Logo após a
estabilização dos nossos referidos pacientes começamos a procura por UTI neonatal”,
informaram os médicos.
A
emoção da mãe
No
fim da tarde desta quarta-feira (24), antes mesmo de ver seus filhos, Cynthia
concedeu uma entrevista à Assessoria de Imprensa do Samu 192 Sudoeste. “Se não
fosse a atitude deles de resolver e encaminhar meus filhos não sei o que seria.
Fiquei segura desde o atendimento dos médicos e dos enfermeiros e sabia que
dentro da ambulância meus bebês já tinham o atendimento. Não consegui vê-los
quando eles nasceram, só os vi por foto. Agora estou bem, mas na hora que
fiquei sabendo que eles nasceriam fiquei nervosa. Não esperava que eles
nascessem agora, pois na minha gravidez nunca tive nenhum risco. Sabia que eram
dois, mas nunca tive qualquer ameaça de aborto. Eu só viajei pra cá porque o
médico disse que estava tudo bem e que não tinha problema. Viemos de carro
parando de duas em duas horas, quando eu repousava. Agora, assim que eu receber
alta vou para Beltrão encontrar meus filhos”, revelou Cynthia, ansiosa.
Do
lado dos médicos, eles afirmam estarem muito satisfeitos como equipe
materno-infantil. “Temos um sentimento agradável e de dever cumprido; e um
estado emocionalmente positivo destes médicos perante a manutenção da vida para
estes “pequenos” pacientes e sua mãe, oferecendo não somente a técnica médica qualificada
e mantendo-se estáveis desde o seu nascimento, a espera de liberação da vaga
até a chegada do atendimento da Samu”.
Agilidade
“O
acionamento do Samu 192 foi realizado rapidamente, no qual logo fomos atendidos
com rapidez e agilidade. Mesmo antes de nos liberar vaga
em hospital referência, a medica reguladora liberou duas ambulâncias UTI (bases
Realeza e Francisco Beltrão) para acompanhamento dos gemelares”, atesta
Zuliane.
O
médico acrescentou que “se fossemos dar nota, seria 10 com muito louvor, desde
a atendente Ana Paula, assim como para a médica reguladora Fabiana Romanato,
com atenção especial ao caso. Ficamos em contato constante com estes dois
profissionais, assim como agilização rápida de ambas as equipes Samu, os
médicos Adrian Joseph Ramos e Ricardo Barbosa de Lima, com suas enfermeiras e
condutores, com equipes de fácil compreensão e agradáveis para o bom desfecho
do transporte”, listaram Vlademir Zuliane e Mauro Magalhães.
Participantes
da história
O
caso motivou toda a “Família Samu 192 Sudoeste”, pois além de garantir a
felicidade da família de Cynthia e Rogério por poderem em breve abraçar seus
filhos Valentina e Victor; ainda dá a todos a segurança de poder contar com um
serviço de emergência que cobre todo o Sudoeste e está apto a resolver os casos
mais difíceis.
Por
isso, o Samu 192 faz questão de enumerar os nomes dos que trabalharam no caso,
além dos médicos já citados, inclusive na Central de Regulação: onde a técnica
auxiliar de regulação médica (TARM) foi Ana Paula Ramos Pedroso, a rádio
operadora foi Denielly Arruda Rodighiero, os condutores socorristas de cada uma
das ambulâncias UTIs foram Carlos Henrique Ferreira e Rafael Vargas e as
enfermeiras Márcia Inês Rocha da Silva e Charline Laura Golin. Houve ainda a
participação do médico regulador André Octavio Nicolau Sanches, que concluiu o
caso às 18h16, quando as ambulâncias retornaram para as bases.
“Queremos
agradecer a nossa equipe de enfermagem do Hospital Sudoeste pelo bom desempenho
e agilidade nos processos que foram necessários, secretárias para o bom
desfecho do caso, assim como Dr. Alberto, diretor-clinico deste hospital. Não
esquecendo de agradecer a equipe pediátrica da dra Irides, do Hospital
São Francisco de Francisco Beltrão, que aceitou os referidos pacientes para um
cuidado intensivo.Ou seja, quando uma equipe trabalha unida e com respeito a
todos os profissionais em qualquer que seja o lugar, unidos faremos uma
medicina com final satisfatório”, concluíram Zuliane e Magalhães.
Daiana Pasquim – DRT/PR 5613
Assessora de Imprensa
Samu 192 Sudoeste do Paraná
(46) 3902 1338 – 8802 5546
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